A necessidade de executar uma prova destas é acima de tudo um atestado de incompetência ao próprio Ministério da Educação, que é quem controla a formação dos professores e que pelos vistos não garante que aqueles que aprova como aptos para ensinar (sim, porque eles fizeram exames e tiveram notas positivas nas várias disciplinas curriculares que lhes permitiram concluir os seu estudos).
Portanto, ou duvida da avaliação que é feita nas universidades ou não acredita que os planos curriculares dos cursos de ensino não são os mais adequados. Fosse uma ou outra hipóteses, seria premente corrigir essa falha. E nao ouvi falar que esteja a ser feito num ou noutro sentido.
A minha opinião já de há alguns anos é que existem dois grandes problemas:
- Existem cursos de ensino (e não só, mas é de ensino que estamos a falar) que funcionam sem qualquer qualidade, nomeadamente no ensino privado. Nunca foram encerrados meramente por influências políticas dos proprietários (directamente ou contratando alguém que a tenha).
- Existe um numerus clausus absurdo para as necessidades do nosso sistema de ensino. Se há excesso de professores, isso acontece exclusivamente porque o Ministério da Educação formou professores de mais. Se noutros tipos de profissão é difícil prever as necessidades do mercado, neste caso isso não seria. Principalmente com a desproporção de que se fala. Se não houve essa redução, foi por mera covardia política dos vários governos anteriores.