quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Uma casa (de banho à) não-portuguesa

Neste momento encontro-me no leste da Europa, num país onde é seguido um estilo de divisão da casa idêntico ao que é utilizado em Inglaterra: a separação da retrete (localizada no que os ingleses chamam de "toilet") do resto da casa de banho (na tradução literal para inglês, que não na equivalência de instalações, a "bathroom").

Isto tem uma vantagem grande óbvia e imediata que é a imunização de certos cheiros enquanto se toma banho ou se escova o alvo teclado.

No entanto, tem o efeito pernicioso de tornar o acto tão solene de "arrear o calhau" - solene pelo menos em Portugal, ao ponto de lhe termos oferecido esta brilhante nomenclatura - numa espécie de punição. É que as toilets são lugares pequenos desprovidos de qualquer decoração, quatro paredes despidas e esmagadoras que mais se assemelham a uma solitaria, divisão tão popular nos regimes opressores. E, como tal, até tornam um acto que pode ser acompanhado por uma bela leitura - quem sabe até por uma musiquinha - num acto altamente... solitário.

Um amor em cada PC


"Leandro é pai pela net" - título do jornal "O Jogo"

Ora aqui está um título esclarecedor e revelador dos tempos de hoje.

Será uma versão moderna do marinheiro que é pai apesar de não ver a esposa há mais de um ano?

Ou será que a evolução da tecnologia permite já o verdadeiro sexo virtual, tão real que até produz resultados?

E se o caso for este último, será que nasceu o primeiro (e já tão visto na ficção científica) ser meio-homem meio-máquina? Acho bem que não, se for para sair com a cara do Schwarzenegger!

E isso não faria dele também a primeira criatura com dois pais (e uma mãe)?

Oh não! Afinal era (só) isto!